Hospital atende pacientes que tiveram zika na gestação
O olhar da dona de casa Jucileide Silva Costa, 31, era de intranquilidade. Segurando no colo o filho Guilherme, de um mês, ela foi atendida, na manhã deste sábado, 30, por oftalmologistas do Hospital Humberto Castro Lima, no Canela. A paciente era uma entre 50 mulheres que compareceram ao mutirão realizado na unidade para atender grávidas ou mães de recém-nascidos que tiveram zika vírus na gestação.
A preocupação de dona Jucileide, que contraiu a doença no quinto mês da gravidez, tinha um motivo especial: seu bebê foi diagnosticado com uma alteração na visão, ainda não especificada. Esses casos, afirma a oftalmologista Verônica Castro Lima, são cada vez mais comuns, o que motivou a iniciativa do hospital.
A preocupação de dona Jucileide, que contraiu a doença no quinto mês da gravidez, tinha um motivo especial: seu bebê foi diagnosticado com uma alteração na visão, ainda não especificada. Esses casos, afirma a oftalmologista Verônica Castro Lima, são cada vez mais comuns, o que motivou a iniciativa do hospital.
Segundo ela, crianças filhas de mães que tiveram zika vêm apresentando alterações na visão. No caso de bebês diagnosticados com microcefalia, a lesão ocular é ainda mais intensa, por causa da alteração provocada pela má-formação no sistema nervoso central.
"Geralmente identificamos atrofia (perda de tecido) na região da retina, que é o local mais nobre da visão", explica Lima, frisando, também, que o nível de comprometimento da visão só pode ser identificado objetivamente em três anos.