Nota baixa na escola pode ser um convite ao oftalmologista

Após as primeiras avaliações na escola, algumas crianças começam a apresentar desinteresse por conta do baixo rendimento apresentado e culpam a conversa em sala de aula, o excesso de atividades extraclasse, entre outros fatores que fazem parte do seu dia a dia. Mas será que essa criança está enxergando bem? Será que é mesmo preciso ter baixo rendimento escolar para que os pais levem seus filhos a uma consulta com um médico oftalmologista?


Segundo a especialista, Dra. Camila Koch, o exame oftalmológico das crianças desde o nascimento até os doze anos de idade tem grande importância para seu futuro visual.  No decorrer das quatro semanas após o parto, a criança deverá fazer 
o “teste do olhinho”. "Desde 2010, em muitos estados e cidades, o exame foi instituído por lei e é realizado nas maternidades pú
blicas e também particulares até a alta do recém-nascido", informa a oftalmologista. 

Neste primeiro momento, muitos problemas podem ser identificados e tratados, evitando dores de cabeça no futuro. "Através do teste do olhinho podemos diagnosticar diversas doenças como: catarata congênita, glaucoma congênito, estrabismo, retinoblastoma, ambliopia, retinopatia da prematuridade, toxoplasmose congênita e erros refracionais".


Na idade escolar


A médica chama a atenção para que os cuidadores, pais e professores estejam sempre atentos aos menores quanto a queixas visuais e dificuldade de aprendizado. Ela esclarece que "crianças com miopia têm dificuldade de enxergar palavras escritas à distância, mas facilidade de ler de perto, por isso criam o hábito de ler muito próximo ao livro. Já crianças com hipermetropia referem cefaleia (dor de cabeça) no fim do período de estudo e têm mais dificuldade de enxergar de perto. As crianças com astigmatismo também podem se queixar de cefaleia, trocar algumas letras por outras e apertar os olhos a fim de tentar melhorar a visão. Muitas vezes é difícil para os pais e professores saber o motivo da dificuldade de leitura, precisando de avaliação profissional, como oftalmologista e psicólogo".  

Com relação à dificuldade de aprendizagem, vale lembrar que pode se tratar de uma criança com dislexia. Nesse caso, ocorre dificuldade de aprender o som das letras, trocando-as ou alterando sua ordem escrevendo, por exemplo, “asac” ao invés de "casa". "Mesmo em crianças assintomáticas recomendamos avaliação oftalmológica anual para o diagnóstico precoce de problemas visuais", ressalta Dra. Camila Koch.

Fonte: Rádio Hoje Brasil 
Editorial, 06.ABRIL.2015 | Postado em Notícias


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