Você usa ou pretende usar lentes de contato? - Por Dra. Cristina Vargens
A tentativa da humanidade em melhorar a visão, através do uso de lentes em contato direto com os olhos, existe há mais de 200 anos. Mas, apenas em 1936, com o desenvolvimento das lentes de polimetilmetacrilato (PMMA), foi possível sua utilização na prática clínica. Hoje, existem inúmeros modelos, tanto em lentes rígidas quanto em gelatinosas e a tecnologia envolvida na fabricação de lentes de contato evoluiu a tal ponto que é possível a correção de praticamente todos os graus.
O tipo de material utilizado também evoluiu enormemente, com destaque para o silicone-hidrogel nas lentes gelatinosas e o material Boston XO (hexafocon A) para rígidas. Além disso, os produtos de limpeza e conservação das lentes ficaram muito mais eficientes, permitindo que as complicações, tanto alérgicas quanto infecciosas, sejam reduzidas. Os usuários de lente de contato coloridas, mesmo que sem grau, devem seguir as mesmas recomendações de uso que as gelatinosas comuns. Os pacientes que seguem a risca as recomendações médicas terão uma chance mínima de ter algum tipo de complicação.
Com a evolução dos materiais, é possível o uso de lente de contato em qualquer idade, inclusive em bebês. Crianças que nascem com algumas doenças oculares, como catarata congênita e anisometropia, frequentemente vão necessitar do uso de lente para corrigir o erro refracional e evitar a ambliopia (diminuição da visão por privação do estímulo visual), que só pode ser corrigida até aproximadamente os oito anos de idade. Nesse processo é imprescindível a participação ativa dos responsáveis pela criança, que deverão fazer a limpeza e a colocação das lentes.
A indicação e a adaptação de lentes de contato é um ato exclusivamente médico. Somente o oftalmologista é capaz de dizer qual a lente ideal para determinado paciente. Para essa indicação devem ser considerados o grau, a idade do paciente, o tipo de atividade profissional, a prática de esportes etc. Cabe ao oftalmologista também avaliar se vai ser necessária alguma mudança no grau quando se pretende substituir o uso dos óculos pela lente de contato. Por isso é de fundamental importância o teste de lente no consultório, mesmo em quem já é usuário.
A indicação para o uso de lentes de contato pode ser médica ou estética. A indicação médica é quando se procura uma melhora de visão que não seja possível alcançar com o uso de óculos somente. É o caso das alterações corneanas. A indicação estética é para os casos de pacientes que não querem usar óculos ou que querem mudar a cor dos olhos, por exemplo. As contra-indicações para o uso de lentes de contato são relativas e incluem reações alérgicas e olho seco. Cabe ao oftalmologista, junto com o paciente, refletir sobre os riscos-benefícios do uso.
O tipo de material utilizado também evoluiu enormemente, com destaque para o silicone-hidrogel nas lentes gelatinosas e o material Boston XO (hexafocon A) para rígidas. Além disso, os produtos de limpeza e conservação das lentes ficaram muito mais eficientes, permitindo que as complicações, tanto alérgicas quanto infecciosas, sejam reduzidas. Os usuários de lente de contato coloridas, mesmo que sem grau, devem seguir as mesmas recomendações de uso que as gelatinosas comuns. Os pacientes que seguem a risca as recomendações médicas terão uma chance mínima de ter algum tipo de complicação.
Com a evolução dos materiais, é possível o uso de lente de contato em qualquer idade, inclusive em bebês. Crianças que nascem com algumas doenças oculares, como catarata congênita e anisometropia, frequentemente vão necessitar do uso de lente para corrigir o erro refracional e evitar a ambliopia (diminuição da visão por privação do estímulo visual), que só pode ser corrigida até aproximadamente os oito anos de idade. Nesse processo é imprescindível a participação ativa dos responsáveis pela criança, que deverão fazer a limpeza e a colocação das lentes.
A indicação e a adaptação de lentes de contato é um ato exclusivamente médico. Somente o oftalmologista é capaz de dizer qual a lente ideal para determinado paciente. Para essa indicação devem ser considerados o grau, a idade do paciente, o tipo de atividade profissional, a prática de esportes etc. Cabe ao oftalmologista também avaliar se vai ser necessária alguma mudança no grau quando se pretende substituir o uso dos óculos pela lente de contato. Por isso é de fundamental importância o teste de lente no consultório, mesmo em quem já é usuário.
A indicação para o uso de lentes de contato pode ser médica ou estética. A indicação médica é quando se procura uma melhora de visão que não seja possível alcançar com o uso de óculos somente. É o caso das alterações corneanas. A indicação estética é para os casos de pacientes que não querem usar óculos ou que querem mudar a cor dos olhos, por exemplo. As contra-indicações para o uso de lentes de contato são relativas e incluem reações alérgicas e olho seco. Cabe ao oftalmologista, junto com o paciente, refletir sobre os riscos-benefícios do uso.
"As lentes de contato gelatinosas são grandes aliadas no esporte de alto impacto".
As lentes de contato gelatinosas são grandes aliadas no esporte de alto impacto. Seu uso melhora a visão do atleta e substitui um artefato que muitas vezes pode atrapalhar o desempenho ou até vir a causar um trauma. As rígidas não estão tão indicadas na prática de esportes, pois se deslocam mais fácil do olho. Para uso na praia ou piscina o ideal é a lente de contato de uso diário, com descarte após o uso.
Além das lentes estéticas para mudança da cor dos olhos, existem lentes coloridas com a finalidade de corrigir a aniridia que é a ausência da íris, a parte colorida do olho. Esse tipo de alteração causa intensa fotofobia (desconforto em ambientes com muita luminosidade) e as lentes diminuem a entrada de luz no olho.
"O uso de lentes além do tempo indicado pelo oftalmologista, a falta de higiene, o compartilhamento de lentes com outras pessoas..."
Mas toda a evolução no segmento de lentes de contato precisa estar acompanhada do bom uso por parte do paciente que é corresponsável por uma adaptação segura. O uso de lentes além do tempo indicado pelo oftalmologista, a falta de higiene, o compartilhamento de lentes com outras pessoas e o não uso de soluções de limpeza indicadas ao seu tipo de lente pode levar a infecções oculares e formação de úlceras de córnea, alterações potencialmente graves, com risco de perda da visão. O abuso na permanência das lentes além do tempo indicado também pode diminuir a oxigenação da córnea e ceratite, levando a formação de opacidades.