Saúde ocular e inverno

O inverno chegou! E na estação mais fria do ano, temos que redobrar os cuidados com os nossos olhos, já que os problemas oculares tendem a crescer.

O clima mais seco do inverno e a umidade do ar mais baixa, contribuem para que algumas doenças nos olhos apareçam.

#FiquedeOlho e confira abaixo quais as doenças mais comuns:

Alergias Oculares - São reações que acometem os olhos ou as estruturas próximas a ele, como as pálpebras. Poeira, fumaça e ácaros são os principais causadores, na maioria das vezes. Entre os sintomas mais comuns estão: olhos vermelhos, coceira, lacrimejamento, ardência, fotofobia e irritação. Qualquer pessoa pode desenvolver uma alergia ocular, mas costuma ser mais comum em quem tem rinite alérgica, asma ou alergias de pele. Para tratar a alergia basta afastar a substância que produziu a reação alérgica e depois se consultar com um alergista e um oftalmologista para combater a resposta do organismo como um todo.

Conjuntivite – É uma inflamação na conjuntiva (branco dos olhos) e muito comum no inverno, quando as pessoas permanecem mais tempo em ambientes fechados. A conjuntivite pode se manifestar de três formas: alérgicas, virais e bacterianas; sendo as primeiras as mais frequentes. A conjuntivite alérgica não é contagiosa e, em geral, acomete os dois olhos, tem uma duração variável e não deixa sequelas. Os sintomas são pálpebras inchadas, coceira intensa, lacrimejamento e vermelhidão. Já a viral, causada por vírus, é altamente contagiosa e inicia-se em um dos olhos, afetando o outro olho depois de alguns dias. Sua duração é de uma semana a 15 dias. Na maioria dos casos, o causador da doença é o adenovírus, mesmo vírus da gripe comum, portanto, em geral, o paciente com conjuntivite pode estar gripado ou com a imunidade baixa. Alguns dos seus sintomas são a sensação de areia, corpo estranho nos olhos e forte lacrimejamento. O tratamento depende do diagnóstico, mas em geral é feito com soros fisiológicos; em casos virais ou bacterianos, com colírios com antibióticos apropriados, que devem ser receitados por seu oftalmologista.

Síndrome do Olho Seco – Trata-se de uma doença ocular crônica relacionada a diminuição da lágrima ou algum de seus componentes e está relacionada à exposição a poluição, poeira, ar seco, baixa umidade do ar e lugares fechados com aparelhos de ar—condicionado. Os sintomas são ardor, irritação, sensação de areia nos olhos, dificuldades para ficar em lugares com ar-condicionado ou em frente ao computador, olhos embaçados ao final do dia, coceira, vermelhidão, lacrimejo excessivo e sensibilidade à luz. As medidas de tratamento da doença incluem uso de lubrificantes, sob prescrição médica; ingestão de antioxidantes por meio da higiene ocular. Estima-se que cerca de 18 milhões de pessoas sofram com a doença no Brasil.

Para cuidar da sua saúde ocular, alguns cuidados devem ser adotados durante essa estação, que, além de ter uma concentração de poluentes no ar, provoca uma maior perda lubrificação natural dos olhos.

Siga as recomendações e previna-se contra os principais problemas oculares de inverno:

Lavar e secar ao sol as roupas de inverno guardadas por muito tempo, antes da chegada do inverno;
Dormir em local arejado, evitando o acúmulo de poeira em casa;
Lavar com frequência o rosto e as mãos, principalmente antes e depois do uso de colírios ou pomada e mais ainda considerando essa é uma atitude essencial em tempos de pandemia;
Não compartilhar toalhas de rosto, esponjas, rímel, delineadores ou qualquer outro produto de beleza;
Evitar objetos que acumulem poeira, como: cortina, carpete, tapete, bicho de pelúcia, documentos antigos, livros;
Evitar a exposição a agentes irritantes como fumaça e/ou alérgenos pólen, poeira, pelos de animais e cloro de piscina;
Manter o filtro do ar-condicionado sempre limpo;
Caso esteja com conjuntivite, não utilizar lentes de contato e não coçar os olhos, para evitar irritações.

Fonte: CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Cuide dos seus olhos. Vá regularmente ao seu oftalmologista!