Voltas às aulas e a saúde ocular

A pandemia trouxe muitos prejuízos, inclusive para as crianças e adolescentes, que, em razão do isolamento social, passaram a ter aulas à distância para continuar o desenvolvimento escolar. Agora, com o avanço da vacinação e com os índices de contaminação caindo, aos poucos, elas estão retornando às aulas presenciais.

Um dos fatos mais notáveis, relatado por 72% dos médicos ouvidos pela pesquisa conduzida pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), foi o aumento no diagnóstico de miopia entre pacientes de zero a 19 anos, além do agravamento dos casos já existentes. A principal causa da miopia é a herança genética, mas o aumento do uso das telas e a redução das atividades ao ar livre têm contribuído nesse resultado. Adicionalmente a isso, por receio de contrair o vírus, muitos pais deixaram de levar seus filhos para fazer o acompanhamento regular com o oftalmologista, o que aumentou ainda mais esse prejuízo.

Com o retorno às aulas é importante adotar alguns cuidados, além de continuar atento as recomendações para evitar a contaminação da covid-19, como manter o distanciamento social, usar máscaras e higienizar as mãos. O primeiro passo é agendar uma consulta com o oftalmologista para fazer uma revisão na saúde ocular da criança e do adolescente. Além disso, tanto os pais, quantos os professores, devem redobrar a atenção e observar alguns sinais que podem demonstrar algum problema ocular desse estudante:
  • Ficar muito próximo das telas ou livros para poder enxergar;
  • Espremer ou tapar um dos olhos para conseguir ler algo longe;
  • Reclamar de dor de cabeça ao fazer alguma atividade que exige mais dos olhos, como ler um livro, assistir televisão, usar o computador;
  • Não mostrar interesse em realizar alguma atividade que exija mais da visão;
  • Ficar lacrimejando ou coçando os olhos;
  • Utilizar os dedos para guiar a leitura;
  • Ter sensibilidade à luz;
  • Apresentar uma queda no rendimento escolar;
  • Passar a tropeçar ou se esbarrar nas coisas.
Fique atento a saúde ocular das crianças. Segundo a CBO, cerca de 20% apresentam algum problema ocular. Entre os mais comuns estão algum erro de refração (miopia, astigmatismo ou hipermetropia), ambioplia (conhecido também como olho preguiçoso) e estrabismo.

Fonte: CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia



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